segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sorrow

Já teve aqueles momentos de fossa, onde você fica remoendo sentimentos ruins dentro de você e não consegue entender porque as coisas do mundo são da forma como realmente são? Então, tô nessa.
Talvez esse seja a maior coisa que eu já escrevi aqui no blog, mas acho que o momento pede e eu me sinto inspirado a falar certas coisas aqui.
Em alguns meses eu vou fazer 18 anos e se fala muita coisa sobre o amadurecimento de uma pessoa dessa idade, até porque é quando você atinge a maioridade e pode fazer coisas que antes, por lei, você não podia. Eu acho isso bobeira, até porque as pessoas tendem a te achar sempre imaturo demais pra brincar com fósforos, mas maduros demais pra brincar com Legos.
Eu sempre fui um muleque diferente. Comecei a ler com 5 anos, porque a minha mãe levava gibis pra mim da biblioteca e um dia, do nada, comecei a ler sozinho, sem dificuldade alguma. Desde aí, eu acho que ficou claro que eu tinha um dom acadêmico, o que na época era legal, afinal, isso faz com que você seja o queridinho das professoras, dos aluninhos, dos seus pais... Mas isso também traz aspectos ruins. Acho que quanto mais você se afunda nesses números e na sua exatidão, mais esquece de ser humano. Felizmente, consegui largar bastante esse lado "frio e calculista" e hoje até sou o completo oposto disso.Talvez o único lado bom de ser "dotado mentalmente" é que eu consigo pôr em palavras, que nem aqui no blog, coisas que eu não consigo falar pessoalmente.
Às vezes, eu juro que queria ter cara pra falar certas coisas, mas não consigo, e no momento, como estou bem chateado, resolvi escrever novamente, até porque, não tenho nem pra quem contar.
Eu ando triste há um tempo, sinto que coisas ao meu redor não têm acontecido da forma certa, em parte pelos outros, em parte por mim, e eu cansei de ter certos princípios chatinhos à troco de nada. Essa criança diferente que eu falei aí em cima passou por certas coisas que a fizeram pensar em ser diferente, e esses princípios a fizeram ser mais "madura" do que a maioria ao seu redor.
Sempre odiei pessoas bêbadas, e vocês sabem disso, eu até exagero nesse conceito. Eu acho feio as coisas que os outros fazem quando estão embrigados, desde falar besteiras, até agredir os outros fisicamente e cometer crimes. Além disso, acho que afundar suas mágoas em bebidas (assim como em drogas) é a saída dos fracos, que não têm coragem de enfrentar os problemas e buscam uma solução mais fácil. Por isso tudo, nunca tive vontade de fazer esse tipo de coisa, e por isso também, sofro uma pressão e em parte um preconceito ao contrário, por não fazer algo que destruiria minha saúde.
Além disso, outro princípio que eu tive era relacionado à mulheres. Eu sempre fui uma criança gordinha e traumatizada e por isso, minha infância não foi recheada de meninas, o que fez com que depois, eu resolvesse pensar diferente. Eu fui dar meu primeiro beijo na boca super tarde e conto nos dedos de uma mão o número de meninas que eu já fiquei, o que fez com que os outros pensassem que eu sou gay, o que é bem inconveniente em certos momentos, mas tenho minha heterossexualidade bem resolvida, então, ultimamente só ando cagando e andando pra quando falam esse tipo de coisa.
Confesso, sou paranoico e desenvolvi esse complexo de patinho feio que não passa por nada e sempre achei que ninguém fosse entender nada disso, mas acredito também que tudo ocorra por um motivo e talvez esse seja o propósito e apenas agora seja a hora das coisas se fazerem de forma diferente.
Tá, agora que já falei um monte de coisas "íntimas" minhas, deu pra perceber que eu sou um alvo grande, pra críticas, brincadeiras, chateações e tudo mais. Às vezes brigo com amigos de verdade por bobeiras, às vezes sinto que tem falsos amigos querendo passar por cima de mim, às vezes me sinto mal até mesmo dentro de casa e me chateio, penso em jogar tudo pro alto e começar a fazer diferente, fazer algumas merdas enormes.
É complicado aceitar certas merdas ao seu redor, ter que engolir sapos sempre e não poder fazer nada pra mudar. Dá vontade de desistir, de não querer mais ir pros EUA jogar futebol americano e ter uma esposa e filhos e ser feliz e bem-sucedido, e essa vontade não é pouca.
Até agora mesmo, eu estava pensando seriamente nisso, mas resolvi fazer as coisas de uma forma diferente. Desistir é a saída dos fracos e como nenhum de nós sabe o que pode acontecer no dia de amanhã, eu resolvi que vou tentar fazer coisas de uma forma diferente, honesta, que me deixa feliz e me preocupar menos com os problemas desnecessários. Eu tava tentando fazer isso, mas estava muito preso à uma rotina, fazendo gestos pequenos.
Basicamente, montei uma "Bucket List", que é uma série de coisas que quero fazer antes de morrer. Tá, soa super triste um menino de 17 anos e saudável falar assim, mas tenho motivos, e queria muito dividir tudo isso com vocês, cada motivos e cada item explicado por aqui. Como disse que não quero rotina, não posso prometer fazer um post por semana, ou diário, ou sei lá o que, mas posso prometer ser o mais sincero em relação a tudo que rolar, mesmo que isso me torne vulnerável pra "tomar socos", eu acredito que quem ler, vai entender.
Desculpa se pegou mal qualquer coisa eu disse, já é meia-noite, eu estou cheio de sono, chateado ainda e provavelmente vão achar que eu to maluco, ou rir, ou fazer piadinha disso, mas eu queria realmente atingir vocês de uma forma diferente.
Espero que na próxima vez que eu escreva aqui, seja pra contar pra vocês sobre algo legal e inesquecível, como já fiz algumas vezes.
Don't give up on Flash.
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Daily Song:
New Day - The Throne

(Leiam a letra dessa música, na moral!)

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