quinta-feira, 7 de junho de 2012

The College DropIN (Pt.1)

A vida é uma loucura, meus jovens! Um dia estava em casa, fazendo nada, já pensando em me matricular no cursinho pré-vestibular e no outro, POOF!, fui chamado pra UFRJ, pro curso que eu queria! É uma mudança bem drástica, de repente você se vê morando sozinho, num lugar que não conhece, longe dos pais, etc. E como sei que tem muita gente que lê o blog que já passou, ou vai passar por isso, achei que seria legal vocês virem como tem sido minha experiência.
Pra quem não sabe, eu escolhi fazer Relações Internacionais, que é um curso teoricamente novo, que tá crescendo muito, mas que a maioria das pessoas não sabem nem pra que serve. Muita gente acha que é só pra formar diplomata, o que não é bem verdade. Um internacionalista tem uma área de atuação bem ampla, que inclui trabalhar com comércio exterior, no setor público, com direitos humanos, em organizações internacionais...
Até o meio do meu terceiro ano, eu tinha certeza que faria Engenharia (ou Química, ou Nuclear), mas algo me deu um estalo, comecei a ler e procurar um pouco mais sobre RI e confesso que gostei. Minha primeira opção era a Universidade Federal Fluminense, por ficar numa cidade próxima do RJ, mas bem menos violenta e mais barata também. Como o destino é um brincalhão, o único vestibular que eu fui mal, foi logo esse. Não passei, fiquei frustrado e o sentimento só aumentou depois que eu vi como o tal do SISU é uma coisa ridícula. As notas de cortes estavam tão extravagantemente altas que eu já tava cogitando ir fazer faculdade na Paraíba, no Rio Grande do Sul, e por aí vai! 
Créditos pro "RI da Depressão" do Facebook, sempre postando coisas legais e motivadoras pra gente, como a imagem acima.

Numa Quinta-Feira eu fui convocado pela Univesidade Federal do Rio de Janeiro, na sua terceira reclassificação. No Sábado vim para o Rio, no Domingo tive meu primeiro treino no Botafogo (Sim, to jogando no Botafogo agora, fiquem felizes por mim), na Segunda fiz matrícula às 14h e minhas aulas começaram às 18h30. Tão na pressa que deixei até o Jack Bauer com inveja.
Tô gostando muito do curso, sinto falta da Matemática um pouco, mas consigo viver bem sem ela. Se você pensa em fazer RI também, começa a já ir lendo Maquiavel, Tommas Hobbes e seus amiguinhos que vai chegar lá com uma base excelente.
 O ambiente universitário é BEEEEM diferente do escolar. Pra começar, esqueçam tudo aquilo que vocês aprenderam vendo American Pie, é mentira! Em qualquer curso de humanas você vai ter tanto texto pra ler que tem que escolher em algum ponto entre lê-los ou dormir. Minha escolha é clara porque já contei à todos o quão sagrado é o meu tempo de soneca.
Outro aspecto bem diferente é que não tem mais professor te cobrando, então tem aluno que raramente vai à aula, é permitido sair quando quiser da aula, tem sempre um de chinelo tranquilão, tem gente matando aula pra beber às custas dos pais. Mas vai de cada um, num ambiente com tantas diferenças é importante saber conviver com todas elas e respeitá-las independente de te agradar ou não.
Gosto muito das amizades que fiz até agora e tenho não só curtido muito as disciplinas como também tenho tirado boas notas, o que me deixa bem feliz. Ter um CR (que é a média de todas suas notas) alto abre inúmeras portas em relação à estágio e grupos de pesquisa organizados por alguns professores, o que pesa muito não só no currículo, mas também na sua formação como profissional.
Se vocês ficaram em dúvida sobre como é uma aula de RI e tal, achei um vídeo bacana, que resume perfeitamente como é, em todos os aspectos. É pequenininho, vale a pena ver:

Como os professores estão em greve, os servidores estão em greve e até os alunos (???) estão em greve, tô em casa forçadamente, mas to aproveitando pra fazer umas leituras. A parte 2 desse post sai na semana que vem e vai falar sobre como é viver sozinho. Se curtirem, deixem um feedback, e suas dúvidas, quem sabe não sai uma parte 3 também?
Vão estudar, juvenis vadios!
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Daily Song:
I Love College - Asher Roth


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